Certainly the recent funding cuts are the main obstacle to Brazilian science. From my experience abroad, Brazil invests much less in science and technology compared to developed countries. it is really very difficult to make good science without the necessary budget for this.
Se a discussão é para pesquisadores brasileiros, por que a pergunta foi feita em inglês? Existem discussões que atingem um escopo mais amplo, mas também existem discussões que são mais restritas ao cenário nacional. Existe uma pressão pela internacionalização, mas também existem demandas nacionais (e na minha área em especial, isso é bem claro) que merecem atenção de pesquisa.
Então, em resposta às suas alternativas:
a) Burocracia é impeditiva sim, e na UFS eu já perdi recursos por causa de burocracia e problemas de gestão. Não sei se acontece com todo mundo, mas comigo já aconteceu. Falta de assinatura, processo que fica na mesa, perda de prazos, documentação incompleta, falta de um organograma de responsabilidades. Eu perco mais tempo resolvendo burocracias do que me dedicando à minha pesquisa, o que é gravíssimo.
b) Acho que os cortes ainda não nos atingiram totalmente. Ainda há recursos, provenientes de editais anteriores, o CNPq retomou bolsas para exterior. Então, nesse momento, não sei opinar sobre cortes. E d) é consequência de c).
c) A língua é uma barreira sim, especialmente para certas áreas. Um artigo de exatas ou saúde é diferente de um artigo de humanidades em geral (humanas, sociais aplicadas, linguística letras e artes). Como editora de revista, posso dizer que mais da metade das recusas de textos se deve a problemas de língua (e estou falando de português). Falta uma política linguística institucional para a difusão científica, com a oferta sistemática de cursos de língua e cursos de redação científica. Na UFS eu tenho feito isso no escopo do grupo que eu coordeno, mas não há uma política institucional (na verdade, há um "mutirão" da Copes, chamando quem quer dar curso, sem considerar formação ou atuação). Para línguas estrangeiras não há nada disso. Eu tentei organizar uma proposta uma vez, para um edital do British Council, mas, linguista, sociolinguista, pesquisadora da área, fui preterida por alguém de relações internacionais... Então, a ausência de uma política institucional para isso faz falta (cursos de formação, serviços de revisão e tradução).
Minhas sinceras opiniões (pelas quais sempre pago um alto preço).