Os Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis (RDC-Arq) mencionados no texto em questão têm sua origem na necessidade de preservar documentos e registros em formato digital de forma confiável e sustentável. Entende-se que com o aumento da produção de documentos digitais, surgiu a necessidade de criar sistemas e plataformas capazes de garantir a preservação a longo prazo desses registros, assegurando sua autenticidade, integridade e acessibilidade. Nesse sentido, os RDC-Arq surgiram, como uma solução tecnológica para a preservação digital em um contexto de gestão arquivística, permitindo que instituições e organizações mantenham seus registros digitais de maneira confiável e de acordo com as melhores práticas arquivísticas.

Para que a preservação do patrimônio arquivístico digital seja realizada de forma completa, é necessária uma política de preservação digital sistêmica, ou seja, estratégias avançadas de uma preservação necessitam de sua utilização constante em diversos cenários.

Dessa forma, fica claro que, a Preservação Digital não sistêmica (ou passiva) afeta diretamente o patrimônio arquivístico, ora, pois, não adota as diretrizes/normas para a boa preservação digital. Esse tipo de preservação prejudica a presunção de autenticidade dos documentos digitais, assim como, atinge a cadeia de custódia e corrompe os documentos.

Portanto, é imprescindível a adoção e integração de um SIGAD e RDC-Arq para manter a presunção de autenticidade dos documentos digitais, bem como, a cadeia arquivística digital ininterrupta. Ou seja, é de suma importância manter essa cadeia, e os documentos digitais produzidos na gestão de documentos para que consigam atingir o SIGAD (transferidos ou recolhidos ao repositório) de forma autêntica. Visando assim, a escolha de um sistema adequado que possa administrar todo o ciclo de vida do documento digital e manter a sua fixidez, organicidade e autenticidade.

Com a popularização da internet e de dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares, a produção de documentos dobrou de velocidade. Assim, entre os estudiosos da área houve uma grande preocupação com a questão da integridade documental. No Brasil não foi diferente, a partir da publicação da Lei 8159/91 documentos de valor histórico, probatório e informativo passam a ter caráter permanente, mas a garantia da autenticidade e integridade de tais documentos foi, e continua sendo, alvo de constante debate. Dessa forma, ao longo dos anos o Conselho Nacional de Arquivos, Conarq, se preocupou com tais questões, em 2009, por exemplo, apresenta o modelo de requisitos para gestão arquivística de documentos, e-arq Brasil. Mais adiante, em 2015, através da resolução n º 43, há o estabelecimento de diretrizes e orientações quanto a implementação de um Repositório Digital Confiável, RDC-Arq de forma a atender o arquivamento e a manutenção dos documentos digitais em conjunto com um sistema de gestão de documentos, SIGAD. O RDC-Arq deve acompanhar todo o ciclo de vida dos documentos, tanto na fase corrente e intermediária, e em caráter obrigatória na fase permanente. Assim, há uma governaça arquivística, integridade documental, autenticidade e cadeia de custódia preservada.

A preservação do patrimônio arquivístico digital é um tema de grande relevância, uma vez que os documentos digitais são cada vez mais utilizados e produzidos. Os RDC’s são importantes para garantir a preservação digital sistêmica. O modelo OAIS é uma referência importante para a preservação digital. Os pacotes OAIS são importantes para transferência segura das informações entre sistemas. O RDC-Arq é um exemplo importante de Arquivo Permanente Digital. A Cadeia de Custódia Digital é fundamental para garantir a integridade, autenticidade e confidencialidade dos documentos digitais. Os cenários SIGAD e RDC-Arq são importantes para garantir a preservação digital sistêmica. É importante que os profissionais da área estejam atualizados sobre as normas e padrões internacionais para garantir a eficácia dos processos envolvidos na preservação digital. Para que essa preservação seja realizada de forma completa, é necessário adotar uma política de preservação digital sistêmica, que consiste em utilizar estratégias avançadas de preservação digital em diversos cenários. A preservação digital não sistêmica afeta diretamente o patrimônio arquivístico, pois não adota as diretrizes e normas para a boa preservação digital. Esse tipo de preservação prejudica a presunção de autenticidade dos documentos digitais, além de afetar a cadeia de custódia e corromper os documentos. A utilização de um repositório arquivístico digital confiável como o RDC-Arq é indispensável, ele é um ambiente de preservação e acesso aos documentos arquivísticos digitais norteado por requisitos, nacionais e internacionais, de segurança da informação. Admite diversos formatos de arquivo, sejam documentos textuais, sonoros, multimídia, iconográficos etc., o que implica que a produção documental digital, nos mais variados formatos, podem ser preservados nesta plataforma. O RDC-Arq foi desenvolvido com o intuito de suprir a necessidade das instituições em garantir a segurança das informações e a memória das instituições.

Com o advento da digitalização e surgimento dos documentos de arquivo digital, garantir a autenticidade e confiabilidade destes obteve cada vez mais relevância, visto que o ambiente digital é extremamente mais vulnerável às brechas da alteração ou perca de dados de informação do que suportes analógicos tradicionais. Com isto, a criação da Preservação Digital Sistêmica, uma ferramenta elaborada para a arquivística digital que garante uma custódia ininterrupta do documento de arquivo em um ambiente confiável, ou seja, um RDC (Repositório Digital Confiável), surge, evitando assim os perigos acerca de confiabilidade e segurança informacional que normalmente podem ocorrer em casos de preservação digital passiva. Diante deste fato, foram criadas um conjunto e normas técnicas e leis orientadoras internacionais para se solucionar esta problemática, como o modelo OAIS, que posteriormente foram adotadas e refinadas no Brasil para o melhor encaixe no modelo nacional, dando origem à Resolução n° 43 e às orientações técnicas do CONARQ. Por fim, conclui-se que, não só para a Arquivologia, mas todo o campo das Ciências da Informação, seja o campo atuante, com profissionais da área, ou o passivo, com os usuários da informação, pede e necessita de cada vez mais eficientes e confiáveis sistemas de custódia autênticos e seguros para se armazenar e transmitir, de forma ininterrupta, este bem público de valor inestimável: a informação.

A partir da década de 1990, com o surgimento da internet e com a popularização da era tecnologia e os computadores, houve mudanças significativas na sociedade, principalmente na produção dos documentos. A modernização por sua vez atingiu diversas áreas como dos arquivistas, trazendo avanços e dificuldades referente a vulnerabilidade do ambiente digital.

Neste contexto, torna-se necessário que se adotem medidas para proteção do patrimônio arquivístico digital ao longo do tempo. Essa preocupação fez com que o Conarq se reunisse e refletisse sobre o tema, no qual surgiram uma série de publicações entre elas a Resolução nº 43, que define as diretrizes para implementação do Repositório Arquivístico Digital Confiável (RDC-Arq), é nesta resolução que pode se ver a preocupação com arquivamento e manutenção dos documentos arquivísticos digitais, com propósito de mantê-los autênticos, seguros e acessíveis pelo tempo que for necessário.

Além disso, a Resolução nº 43 adota o modelo OASIS que apresenta os requisitos para gerenciamento do documento no repositório digital e padrões de metadados arquivísticos e de preservação, dentre outros (CONARQ, 2015a, p. 19-25).

A Resolução nº3 do CONARQ, (CONARQ, 2015b) também tem um papel importante no contexto da preservação do patrimônio arquivístico brasileiro, pois apresenta cenários que representam algumas possibilidades de implantação de um Repositório Arquivístico Digital Confiável – RDC-Arq (CONARQ, 2015a) juntamente com um Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos – SIGAD, tornando-se uma cadeia ineterrupta.

A Lei 8159/91 (BRASIL, 1991) considera como permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo, tais documentos precisam ser preservados de forma adequada, ao longo do tempo, ficando sujeitos, os que vierem a destruir ou danificar tais documentos, à responsabilidade penal, civil e administrativa, segundo a legislação em vigor.

Com a presença constante da tecnologia no mundo atual, houve uma mudança nos processos de comunicação e registro de informações que se estende até hoje. Com isso, a produção de documentos arquivísticos digitais, sejam eles nato-digitais ou digitalizados, aumentou exponencialmente. Os arquivistas devem pensar em maneiras de preservar esses documentos, visto que a informação pode se perder ou sofrer algum dano, tamanha a vulnerabilidade do meio digital. Para tal, deve-se criar um plano de preservação digital com procedimentos que contemplem a preservação digital sistêmica, isto é, um conjunto de ações que garantem a cadeia arquivística digital e o respeito às características mais básicas do documento arquivístico digital, como a autenticidade, confiabilidade e organicidade. Diante disso, explicita-se a necessidade de seguir normas e técnicas para garantir a preservação digital sistêmica, de modo a proteger os documentos arquivísticos digitais dos danos os quais estão expostos no ambiente digital. Essas normas incluem: a criação e transferência de pacotes de informação, quais sejam, SIP, AIP e DIP; a implementação de um Repositório Arquivístico Digital Confiável (RDC-Arq) seguindo o modelo de referência OAIS (ISO 14.721) e a manutenção da cadeia de custódia arquivística digital que perpassa todo o ciclo vital dos documentos arquivísticos.

A transformação digital impactou significativamente os processos de comunicação e registro de informações, resultando em um aumento expressivo na produção de documentos arquivísticos digitais. Nesse cenário, a preservação desses documentos torna-se um desafio essencial. Estratégias avançadas de preservação sistêmica, que incluem normas específicas, como a criação de pacotes de informação e a implementação de Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis (RDC-Arq), são cruciais para garantir a autenticidade, integridade e continuidade dos registros no meio digital. Além disso, a necessidade de políticas de preservação digital sistêmica se destaca, ressaltando a importância de sistemas eficientes, como o Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD), para assegurar a integridade do patrimônio arquivístico digital em um mundo cada vez mais digitalizado.

É evidente que a preservação não sistêmica, por sua vez, apresenta riscos substanciais, comprometendo a autenticidade e afetando a cadeia de custódia dos documentos digitais. A integração de sistemas eficientes, como o Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD), é crucial para lidar com os desafios da preservação em um ambiente digital dinâmico. Além disso, a conformidade com normas internacionais desempenha um papel significativo na eficácia desses processos, destacando a importância de estar atualizado sobre diretrizes globais para a preservação do patrimônio arquivístico digital. Em suma, a preservação e gestão eficazes desses registros digitais são essenciais para manter a integridade da informação em um mundo cada vez mais orientado pela tecnologia.

No contexto da expansão da internet e do amplo uso de dispositivos eletrônicos, desde a década de 1990, a produção de documentos experimentou uma notável aceleração. Como resultado, especialistas na área começaram a demonstrar uma crescente preocupação em relação à preservação da integridade e autenticidade dos documentos digitais. No Brasil, esse desafio também se fez presente com a promulgação da Lei 8159/91, que conferiu caráter permanente a documentos de valor histórico, probatório e informativo. No entanto, a garantia da autenticidade e integridade desses documentos têm sido tema de contínuo debate. O Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) desempenhou um papel crucial ao introduzir em 2009, o e-arq Brasil, um modelo de requisitos para a gestão arquivística de documentos digitais. Posteriormente, em 2015, por meio da Resolução nº 43, estabeleceu diretrizes e orientações para a implementação de um Repositório Digital Confiável (RDC-Arq), na qual tem como objetivo principal a preservação de documentos digitais em conjunto com um sistema de gestão de documentos conhecido como SIGAD. A resolução também adota, a fim de constituir melhor o repositório, o Modelo de referência OAIS. O RDC-Arq é responsável por acompanhar todo o ciclo de vida dos documentos, desde a fase corrente e intermediária até, de forma obrigatória, a fase permanente. Isso assegura uma sólida governança arquivística, mantendo a integridade dos documentos, sua autenticidade e a rastreabilidade de sua custódia de maneira eficaz e ao longo de seu ciclo de vida.

Primeiramente, pode-se abordar que com as crescentes transformações tecnológicas na sociedade faz-se necessário adotar estratégias para a preservação dos documentos digitais, bem como para a recuperação e compartilhamento da informação em ambientes digitais. Sendo assim, a Preservação Digital Sistêmica – PDS – é uma das soluções para a vulnerabilidade deste ambiente tecnológico, pois permite a inserção do SIGAD (Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos), baseado no modelo de requisito e-ARQ Brasil, juntamente com a implementação de um Repositório Arquivístico Digital Confiável (RDC-ARQ), respeitando, sempre, as políticas arquivísticas e a fim de manter a autenticidade dos documentos, o arquivamento seguro a longo prazo, além de permitir a incorporação de uma Cadeia de Custódia Arquivística Digital (CCDA) em todo o ciclo de vida dos documentos. No entanto, a Preservação Digital Não Sistêmica (ou passiva) não oferece a segurança indispensável para preservar a confiabilidade dos documentos de arquivo, pois não utiliza modelos de requisitos e uma cadeia de custódia ininterrupta, fazendo com que haja, assim, perdas e alterações nos documentos.

Outrossim, é importante ressaltar as publicações técnicas do CONARQ para a Arquivologia, tendo o intuito de orientar e reforçar a importância do tratamento adequado que os documentos digitais devem ter, da proteção do patrimônio arquivístico digital e das suas especificidades. Sendo assim, a criação do RDC-Arq surgiu a partir da Resolução nº 43 do CONARQ – Conselho Nacional de Arquivos –, em 2015, e a qual estabelece diretrizes para criação e uso de repositórios arquivísticos digitais, devido à necessidade de garantir a preservação dos arquivos permanentes de forma mais segura, digitalmente, se expandindo para a gestão dos arquivos nas fases corrente e intermediária. Ainda, outra orientação fundamental do CONARQ é a resolução nº 3, de 2015, a qual apresenta 3 cenários de uso do RDC-Arq e do SIGAD, ou seja, o SIGAD gerencia arquivos correntes e intermediários armazenando alguns nele e outros vão para o RDC-Arq; ou um sistema de negócio interopera com um SIGAD; ou um sistema de negócio incorpora funções do SIGAD, relacionando-se junto a um RDC-Arq, tornando-se um SIGAD de negócio.

Ademais, é importante salientar a respeito do Modelo OAIS, criado pela ISO 14721:2003, o qual pode ser considerado como um esquema conceitual que tem a finalidade de identificar os componentes funcionais que estão integrados em um sistema informatizado visando a preservação digital e o qual aborda as entidades e pacotes de informação presentes internamente. O Modelo OAIS se faz crucial para promover uma maior eficiência no processo de gestão documental e para garantir a presunção da autenticidade dos documentos, desde a sua produção, permeando pela sua administração, até a sua destinação final, seja eliminação seja acesso. Com isso, este modelo é composto por três entidades e três pacotes de informação, que primeiro é o “producer”, que produz a informação, e o pacote SIP – submissão de documentos - onde acontece a gestão de documentos nas fases corrente e intermediária; logo após, há o “archive”, local onde está alocado o RDC-Arq e os Arquivos Permanentes, junto com o pacote AIP – administração -, estando sem acesso externo; e, por fim, há a última entidade que é o “consumer”, onde há as Plataformas de Acesso e Transparência Ativa, estando presente o pacote DIP – disseminação de informações.

É possível destacar, ainda, que as normas ISO 16363 e a ISO 16919 são importantes para orientar os requisitos do RDC-Arq, sendo a primeira referente à afirmação de confiança para repositórios digitais confiáveis nas instituições, enfocando na segurança da infraestrutura da organização e a segunda norma aborda os requisitos que devem ser fornecidos para elaborar a certificação nos repositórios digitais.

Além disso, pode-se inferir que o RDC-Arq é obrigatório na fase permanente, devido à necessidade de uma preservação mais segura para documentos alocados nesta fase. Entretanto, para o RDC-Arq gerir documentos que estejam nas fases corrente e intermediária, este só atua se estiver em conjunto com um SIGAD, ou seja, sendo um componente deste sistema de gestão de documentos, garantindo, sobretudo, a autenticidade e a relação orgânica dos documentos nestas duas fases, quando apresentarem longa temporalidade, especificidades e complexidades.

Portanto, pode-se compreender que os repositórios arquivísticos digitais confiáveis e a cadeia de custódia arquivística digital são essenciais para manter a integridade e a veracidade dos documentos por muito tempo, sem prejuízo ao documento original, pois com a CCDA ininterrupta, o conteúdo deste não será duvidoso, contribuindo, dessa forma, para a preservação do patrimônio arquivístico digital seguramente. Assim, é importante considerar a relevância dos arquivistas para a manutenção da organicidade e da autenticidade dos documentos, porém ainda é necessária uma maior capacitação destes profissionais quanto ao uso de sistemas informatizados e de RDC’s, além de ser fundamental o inter-relacionamento dos arquivistas com os profissionais de tecnologia da informação quando se trata de organização, recuperação e manutenção de informações em meios digitais.

Há preocupação com a preservação da integridade e autenticidade dos documentos digitais em um contexto de expansão da internet e uso crescente de dispositivos eletrônicos desde os anos 1990. No Brasil, a Lei 8159/91 tornou documentos de valor histórico, probatório e informativo permanentes, mas a garantia de sua autenticidade e integridade tem sido debatida. O Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) desempenhou um papel crucial ao introduzir o e-arq Brasil em 2009, um modelo de requisitos para a gestão de documentos digitais. Em 2015, por meio da Resolução nº 43, o Conarq estabeleceu diretrizes para um Repositório Digital Confiável (RDC-Arq) que preserva documentos digitais e um sistema de gestão de documentos conhecido como SIGAD. O RDC-Arq acompanha o ciclo de vida dos documentos, garantindo governança arquivística, integridade, autenticidade e rastreabilidade ao longo de todo o processo. A produção acelerada de documentos digitais devido à popularização da internet e dispositivos eletrônicos também é mencionada como pano de fundo para essas preocupações.

O avanço da tecnologia permitiu o acesso a informação com maior celeridade, porém isso não quer dizer que as informações encontradas sempre representaram fidedigna mente os documentos e se manterão autênticas. As diversas resoluções foram sendo criadas e aprimoradas para garantir principalmente a autenticidade dos documentos e focando sempre mantendo a cadeia de custódia ininterrupta.

O simples fato de digitalizar um documento não garante que será preservado eternamente, devendo ser considerado se o repositório que ficará armazenado se perpetuará, será alvo de atualizações bem como manter sua acessibilidade a longo prazo.

É mister que a preservação digital não sistêmica esta muito presente ainda, uma vez que muitos acham que digitalizar é preservar, não observam os outros aspectos como cadeia de custódia, autenticidade, organização entre outros. Falar que um determinado documento encontra-se digitalizado não garante que não tenha sido alvo de alterações.

O avanço tecnológico provocou transformações significativas na sociedade, especialmente na maneira como as pessoas se comunicam, compartilham informações e produzem documentos. A modernização afetou todos os setores, incluindo a área arquivística, trazendo avanços e desafios devido à vulnerabilidade do ambiente digital. Os documentos digitais,  oferecem vantagens como facilidade de criação, disseminação, qualidade e agilidade nos resultados, porém , a documentação digital enfrenta um risco de preservação e acesso a longo prazo devido à vulnerabilidade do ambiente tecnológico. Dessa maneira, tornou-se vital a adoção de medidas para proteger o patrimônio arquivístico digital ao longo do tempo. Em decorrência disto, o CONARQ  produziu uma série de públicações técnicas sobre o tema, dentre elas a resolução n.º 43 que prevê a aplicação de normas e princípios arquivísticos, como a norma ISO 16363 de 2012 para certificação de confiança, em nível internacional, em Repositórios Digitais Confiáveis e o Modelo de referência OAIS para sistemas de preservação digital. Esses padrões estabelecem diretrizes e critérios para garantir a qualidade e confiabilidade na gestão de documentos digitais em organizações públicas ou privadas, tornando de suma importância a discussão sobre Preservação Digital Sistêmica, a integração de um Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD), tendo como base o e-ARQ Brasil, com um RDC-Arq em todo o ciclo de vida dos documentos, para manter sua autenticidade, e aspirando uma cadeia de custódia arquivística digitalmente contínua.

A Cadeia de Custódia Digital é vital para garantir a integridade, autenticidade e confidencialidade dos documentos digitais. Os cenários SIGAD e RDC-Arq são relevantes para a preservação sistêmica. A atualização dos profissionais em normas internacionais é essencial para a eficácia da preservação digital.

A preservação do patrimônio arquivístico digital é crucial devido à crescente produção e uso de documentos digitais. Os Repositórios Digitais Confiáveis (RDCs) desempenham um papel importante na preservação sistêmica. O modelo OAIS é uma referência fundamental para a preservação digital, usando pacotes OAIS para transferência segura de informações. O RDC-Arq é um ótimo exemplo de um Arquivo Permanente Digital.

A preservação digital sistêmica, com estratégias avançadas, é necessária para manter o patrimônio. A preservação não sistêmica prejudica a autenticidade e a cadeia de custódia dos documentos digitais e um repositório confiável como o RDC-Arq é indispensável, abrangendo diversos formatos de arquivo e garantindo a segurança das informações e da memória institucional.

O avanço da tecnologia trouxe grandes mudanças a nossa sociedade, principalmente no que se diz respeito a comunicação. A introdução dos documentos arquivísticos digitais na década de 1990, facilitou e agilizou a criação e disseminação de documentos. Entretanto, esses documentos digitais são vulneráveis a longo prazo. Levando em consideração essa realidade a UNESCO pública uma Carta para Preservação do Patrimônio Digital em 2005, que ocasionou manifestações de diferentes países incluindo o Brasil no que ser refere a preservação digital. O Conarq começa uma série de publicações técnicas a fim de garantir a segurança, autenticidade e acessibilidade desses documentos durante todo o seu ciclo de vida.

Então é criado através da Resolução n°43 do Conarq as diretrizes para a Criação de Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis (RDC-Arq), baseado na norma ISO 16363:2012 que garante a integridade e confiabilidade dos documentos a nível internacional. Um modelo adotado por essa resolução foi o Modelo OAIS. Além disso é criado o Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD) com base no e-ARQ Brasil.

O Modelo OAIS conta com o Pacote de Informação para Submissão (SIP), Pacote de informação para Arquivamento (AIP) e Pacote de informação para Disseminação ou Difusão (DIP).

Podemos entender a Preservação Digital Sistêmica como uma integração dos modelos para garantir uma cadeia de custódia digital Arquivística. Ou seja, a integração entre SIGAD e o RDC-Arq. O RDC-arq obrigatório na fase permanente e desejável nas fases corrente e intermediária, assim ele assume a função de plataforma de preservação e é administrado pelo SIGAD e garante o acesso através de plataformas de acesso como o Atom.

Logo é possível criar o ambiente do produtor (gestão de documentos), o ambiente do administrador (preservação) e o ambiente do consumidor (acesso)

A Preservação Digital Sistêmica garante a Transparência das instituições, partindo da Lei 12.527, Lei do Acesso a Informação (LAI), o acesso é regra e o sigilo é a exceção. Como arquivísticas precisamos compreender a nossa função e continuar nos atualizando. Ademais, é cada vez mais necessário o trabalho dentro dos cursos de arquivologia com plataformas e repositórios digitais, trazendo aulas práticas e embasadas na legislação e nas necessidades do mercado devido as trasnformações.

A Preservação Digital Não-Sistêmica (ou Passiva) se caracteriza pela falta de políticas estruturadas e planos de preservação digital específicos. Geralmente, ocorre de maneira reativa, sem integração adequada entre sistemas de gestão de documentos (SIGAD) e o Registro de Documentos Contábeis e Arquivísticos (RDC-Arq). Pode envolver a preservação de documentos digitais sem garantia de confiabilidade e autenticidade, o que compromete a presunção de autenticidade e a cadeia de custódia arquivística.

A Preservação Digital Sistêmica (ou Ativa), por outro lado, é uma abordagem proativa e estruturada. Envolve a implementação de políticas de preservação digital bem definidas e planos que especificam estratégias para a preservação de documentos digitais ao longo do tempo. A integração adequada entre SIGAD e RDC-Arq é fundamental, visando manter a presunção de autenticidade dos documentos e garantir uma cadeia de custódia arquivística digital ininterrupta. O RDC-Arq atua como plataforma de preservação nas fases corrente e intermediária, tornando-se um Arquivo Permanente Digital na fase permanente, acessível por meio de uma plataforma de acesso adequada.

A diferença fundamental entre essas abordagens está na estrutura, planejamento e integração de sistemas utilizados para preservar documentos digitais. A Preservação Digital Sistêmica busca garantir a autenticidade e a continuidade dos documentos ao longo do tempo, enquanto a Preservação Digital Não-Sistêmica pode ser mais reativa e menos eficaz na manutenção desses aspectos.

O Repositório Arquivístico Digital Confiável (RDC-Arq) surge com a finalidade de suprir a demanda da arquivística moderna no século XXI com políticas e praticas que preservem o documento arquivístico digital e sua autenticidade ao longo do tempo.

Neste sentido, as ISOS e Normas são primordiais para garantirem a integridade e confialibidade dos documentos a níveis nacionais e internacionais. Entende-se então, a partir de experiências passadas com os primeiros documentos digitais produzidos e acumulados na internet, que a aplicação destas normas e principios arquivisticos descritas pelas ISO's 16.363 e 16919, por exemplo, são essenciais e sem elas, não é possivel garantir com exatidão a confiabilidade de qualquer documento que esteja na disponível na internet.

Um documento digital mesmo fora da internet não é, necessariamente, livre de alterações, maliciosas ou não, portanto, mesmo fora dela, esses documentos devem garantir a sua autenticidade para servirem de prova, por exemplo, o caso dos documentos em sacolas pláticas que foram descartados como prova por não conseguirem garantir a "cadeia de custódia e a higidez técnica" segundo o juiz Dias Toffoli.

Antes de tudo, então, devemos garantir que as práticas e principios arquivísticos sejam seguidos corretamente para que a cadeia de custódia e autenticidade dos documentos não sejam questionadas.