É fato de que os Rcd 's mudaram completamente a forma de se comunicar informação, sua criação emerge após uma série de presunções referentes a preocupação da preservação de documentos digitais nos anos 80, depois de uma tentativa de invalidar os documentos produzidos através das atividades realizadas pela NASA. O committee for espace data systems em colaboração com a norma ISO 14.721 foi criado e junto a ele um modelo, com o objetivo de preservar e monitorar os documentos em uma cadeia de custódia digital a longo prazo, ou seja, um repositório digital confiável com a função de migrar dos documentos de um ambiente de gestão para um ambiente de preservação permanente e acesso.

Uma pergunta bastante pertinente no que diz respeito ao Modelo criado, denominado de OAIS é a sua funcionalidade quanto à aplicação do sistema, que opera por meio de pacotes a partir da produção do documento. Na gestão de documentos, é possível visualizar a transferência de pacotes de informação envolvendo os documentos digitais para um repositório no cenário do momento de sua produção, apoiando e submetendo da gestão/sigad para o pacote sip, sendo nesse caso, o rdc-arq de extremo auxílio e uso garantindo não só controle do ciclo de vida, mas também, responsável por manter a presunção de autenticidade dos documentos digitais, o cumprimento da destinação prevista e sua preservação, salientando a importância imprescindível de uma cadeia de custódia ininterrupta.

Esse momento de entrada do documento por meio do pacote sip, já é considerada a entrada do documento no repositório. O arquivamento do pacote recebido para manter a custódia digital é responsabilidade do aip - ambiente de arquivamento - onde são mantidos os pacotes de documentos de arquivo correntes, intermediários e permanentes em constante manutenção e preservação. Já o dip -pacote de difusão- é o responsável por permitir o acesso e a saída desses documentos dessa cadeia de custódia digital através de descrição, acesso, transparência ativa a acervos culturais que só são possíveis mediante a uma política arquivística implementada, no qual engloba estratégias para garantir a cadeia de custódia ininterrupta documental

Para falar de repositório digital confiável se faz necessário a análise no que concerne os recentes acontecimentos sobre a migração de documentos digitais em sacos plásticos, sendo reconhecidos pelo stj quebra de cadeia de custódia, já que houve uma possível manipulação de conteúdo e consequentemente a quebra de sigilo do documento digital como fonte de prova, sendo somente um Rdc-arq capaz de fazer a conversão sem perder a autenticidade e originalidade do documento. Isto trouxe a tona um vasto debate no que diz respeito a cadeia de custódia dos documentos produzidos no âmbito administrativo, resultando a criação da resolução de n° 324 que obriga que todos os tribunais tenham Rdc-arq, e junto a essa resolução, a alteração da resolução 39 (CONARQ) através da resolução 43 (CONARQ)- que foi criada baseada na norma ISO 16.363, permitindo a certificação e confiança do Rdc-arq-. A colaboração da norma ISO 16.919 também se mantém nesse conjunto, disposta e com o dever de fornecer a auditoria e certificação de repositórios digitais candidatos confiáveis.

Concluo e finalizo a discussão das informações debatidas acima, salientando a importância da formação e especialização em arquivos, a fim de que compreendam e apliquem os princípios da arquivologia, especialmente no contexto digital, onde a gestão de documentos eletrônicos é fundamental. Os cursos de Arquivologia no Brasil têm buscado se adaptar a essas mudanças abrindo possibilidades e tornando-se cada vez mais relevante no cenário brasileiro e global.

O texto em destaque trás um panorama acerca do RDC-arq e suas funções. Aprendemos que os RDC são extremamente importantes na preservação dos documentos digital. Os RDC-arq surgem da necessidade de um local de preservação confiável no ambiente digital, pois os métodos de preservação arquivísticos em suporte papel são diferentes e se aplicados no suporte digital, não garantem a autenticidade além de quebrar a cadeia de custódia do documento e perder sua validade. O RDC vem da Resolução nº 43 e da Norma ISO 14721 e construíram o modelo OAIS, que possui pacotes de gestão e controle, arquivamento e preservação, e também difusão. É um ambiente onde o documento original não fica na rede da internet, mas sim em um local seguro nesses pacotes, evitando perda e fraldes. Além da norma ISO 14721 do RDC-arq, a Resolução nº 43 também trouxe a ISO 16363 e a Iso 16919. Que, respectivamente, servem para auditar e certificar o RDC e a outra para auditar e certificar quem auditou e certificou o RDC.

Após entender o que é o RDC-arq, seu surgimento, Resolução e normas, fica nítido a necessidade de aplica-lo nas instituições para guarda e confiabilidade dos documentos de arquivo, o profissional arquivista deve se engajar com esse modelo e executa-lo para a melhoria da área, provando mais uma vez que é necessário estudar o ambiente digital e suas características.

Os Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis (RDC-Arq) revolucionaram a forma como compartilhamos informações, surgindo da necessidade de preservar documentos digitais nos anos 80, após disputas na NASA. O modelo OAIS foi desenvolvido para preservar documentos em um repositório digital confiável. Este é essencial para controlar o ciclo de vida, a autenticidade e a preservação dos documentos digitais, garantindo uma cadeia de custódia contínua.

A entrada de documentos no repositório ocorre através do pacote SIP, sob responsabilidade do AIP (Ambiente de Arquivamento), que mantém documentos em constante preservação. O DIP (Pacote de Difusão) possibilita acesso e saída de documentos da cadeia de custódia digital, com descrição e transparência ativa. Recentemente no Brasil incidentes de migração de documentos em sacos plásticos trouxeram à tona preocupações sobre quebra de cadeia de custódia, destacando a importância do RDC-ARQ para preservação da autenticidade. A Resolução nº 324 exige a presença do RDC-ARQ em tribunais, a Resolução 43 do CONARQ baseada na norma ISO 16.363 certifica a confiabilidade do RDC-ARQ, e a norma ISO 16.919 oferece auditoria e certificação para repositórios digitais confiáveis.

O ponto chave dessa questão é a importância da cadeia de custódia digital e da implementação de políticas arquivísticas robustas que possam garantir que os documentos digitais continuem sendo fontes confiáveis de informação ao longo do tempo.

O texto aborda a importância da criação dos RDC-arq para a Arquivologia e preservação dos documentos digitais por meio da manutenção de uma cadeia de custódia digital que garante descrição e transparência ativa no acesso à essa documentação.

Além disso, o artigo aborda a criação dos Repositórios e as normas e resoluções que possibilitaram que as instituições aderissem ao uso dos RDC-arq. No contexto de uso dos Repositórios, o artigo explica o uso do pacote SIP, AIP e DIP, no qual cada um desempenha uma importante função no que diz respeito ao fortalecimento de políticas arquivísticas para documentos digitais. O pacote SIP realiza a entrada desses documentos e conta com o apoio do AIP para mantê-los seguros dentro do ambiente de arquivamento oferecido, enquanto o DIP é encarregado das funções relacionadas ao acesso a informação contida nos repositórios.

Por fim, a leitura do texto possibilita o maior entendimento da importância da criação desses programas, que auxiliam na garantia de preservação segura de informações no que diz respeito aos espaços ocupados por Arquivistas, seja dentro da esfera Administrativa, Arquivística ou no Direito. O RDC-arq é um espaço necessário na sociedade e a difusão das normas e programas que viabilizam a implantação desses repositórios é indispensável.

No artigo nos é apresentado a construção do por quê do RDC-Arq ser tão importante e, até o momento, dá-se a entender que o RDC-Arq é um repositório criado que serve para manter a integridade e veracidade dos documentos arquivísticos digitais distantes de ataques cibernéticos pois é uma plataforma usada fora da web, com a estruturação do modelo OAIS, correspondente à norma ISO 14.721, criada justamente com o intuito de conseguir armazenar os arquivos digitais de uma forma em que o conteúdo prevaleça intacto. Pelo mecanismo do repositório, o RDC-Arq nos ajuda a não quebrar com a Cadeia de Custódia Digital, com o recebimento dos documentos do produtor sendo feito pelo SIP, o armazenamento com o AIP e a disseminação da informação sendo feita pela plataforma de acesso e difusão, o DIP.

As normas ISO 16.363 e 16.919 vieram também para que a preservação e autenticidade do documento fosse mantida, pois elas servem para autenticação do arquivo e para a instituição que vai realizar tal autenticação, para que mais uma vez a Cadeia de Custódia não seja quebrada com facilidade, justamente por se tratar de documentos digitais.

Portanto, a importância de um RDC-Arq é tão grande nos dias de hoje por estarmos vivendo em uma era tecnológica, onde qualquer documento pode ser alterado e disseminado com falsas informações, e com o repositório e a maneira como a guarda desses documentos no modelo AIP (este que no modelo da gestão de documentos do RDC-Arq corresponde aos arquivos permanentes), certamente as informações e os documentos estão a salvo de qualquer tipo de ataque ou alterações indevidas.

O RDC’S trouxe uma nova perspectiva da forma em que se preserva as informações contidas nos documentos, com isso nos anos 80 houve uma grande preocupação com as repetitivas tentativas de invalidação dos documentos produzidos pela NASA sobre a ida do homem à lua, com isso, a NASA concluiu que era de grande necessidade haver um sistema em que pudesse proteger e preservar os documentos digitais. O committee for space data systems em cooperação com ISO 14.721 criou um modelo que visava e ainda visa fazer a preservação e monitorar documentos digitais através de uma cadeia de custódia digital ininterrupta.

O modelo criado pela NASA foi o OAIS – Open Archival Information System, onde seu objetivo foi ajudar na preservação de documentos a longo prazo, operando a partir da produção do documento. Dentro da gestão de documentos existem pacotes de transferências de documentos que envolvem os documentos digitais, transferindo-os para um repositório seguro onde ele possa ter uma cadeia de custódia ininterrupta.

O pacote mencionado acima são SIP, AIP E DIP, o SIP registra a produção e/ou a entrada dos documentos nas fases corrente e intermediárias, serve como um protocolo digital. O segundo passo do pacote é o AIP, responsável pelo arquivamento dos documentos através do RDC-ARQ, este local se chama off-site, pois não está logado na rede, logo esse se torna um ambiente seguro para fazer a custódia dos documentos. Além disso, a uma norma deve ser seguida pelo RDC-ARQ para que ele seja confiável, a norma 16.363 que permite a certificação de confiança para repositórios digitais, junto a isto a resolução 43 do CONARQ, apresenta níveis conceituais que os repositórios devem seguir, já o DIP é o pacote de difusão que é responsável pela transparência ativa aos documentos. Essas ferramentas para a preservação e conservação dos documentos digitais só são possíveis através da implementação de políticas arquivísticas em empresas privadas e públicas.

Um ponto muito importante que o RDC-ARQ traz para a sociedade é a segurança jurídica dentro dos processos, os documentos que fora da custódia digital não traz segurança e perde o valor de prova que se encontrava quando estava na custódia. Dito isto, houve um caso que o Ministro Dias Toffoli do STJ (SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA) anulou as provas da operação lava-jato, de acordo com o ministro houve uma quebra na cadeia de custódia de documentos digitais, estava sendo transportado de uma máquina através de pen drives para outra e sendo reproduzidos em formato físico sendo levados de um local para o outro em sacolas plásticas. Quem garante que esses documentos não sofreram alterações diante desses fatos relatados pelo ministro? Como pode proceder uma investigação e um julgamento se os documentos usados como prova não têm confiabilidade e nem autenticidade? É notório a importância do RDC-ARQ em ambientes jurídicos para que haja transparência nos processos decorrentes, trazendo a segurança que a sociedade merece perante as autoridades responsáveis.

Essa situação trouxe levantou uma discussão a respeitos da custódia de documentos criados em âmbitos administrativos, que resultou na criação da na resolução nº 324 que obrigas os tribunais de justiças a terem um RDC-ARQ, além dessa resolução, a norma 43 do CONARQ que substitui a norma 39, foi criada baseando-se na ISO 16.363 trazendo confiabilidade e permitindo a certificação do RDC-ARQ. Também é importante mostrar a colaboração da norma ISO 16.919 que fornece a autoria e certificações de RDC, pois uma mesma instituição que contém o sistema não pode se auto auditar, é necessário um terceiro órgão, podendo ser público ou privado para fazer tal ação.

Diante pelo que foi exposto no decorrer do texto, é importante frisar a importância do RDC-ARQ trazer uma segurança juŕida perante a sociedade que confia que os processos, e para que esses sistemas sejam colocados em prática é necessário que haja profissionais com uma formação em arquivo, para que estes possa adotar as práticas arquivísticas dentro dos espaços necessários. Ultimamente, a arqueologia nunca esteve tão aparente, sendo apontada como a carreira do futuro, dito isso é necessário que a universidades tenham a visão que o curso é de extrema importância para o funcionamento da sociedade em si, pois os documentos estão sendo transferindo para o mundo digital é a importância de ter profissionais qualificados para atender as demandas que sãp postas no cenário brasileiro e ao redor do mundo.

O material ressalta a importância do RDC-ARQ, no ambiente digital, é necessário repensar a garantia de uma cadeia de custódia ininterrupta e como manter um local de gestão arquivística, preservação permanente e custódia confiável, representado por um arquivo permanente digital. Em 2005, o Conarq publicou a Carta para a preservação do patrimônio digital da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura . Uma das publicações mais importantes é a Resolução nº 43 (CONARQ, 2015), que modifica a redação da Resolução nº 39 do CONARQ, essa resolução estabelece diretrizes para a implementação de Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis, os quais são responsáveis pelo arquivamento e preservação de documentos digitais nas fases corrente, intermediária e permanente. A ISO 14.721 nasceu na nasa nos anos 80 para a criação do Rdc-arq, o Modelo OAIS é o modelo de referência que define os processos necessários para que se preserve e chegue aos objetos de forma efetiva e a longo prazo, estabelecendo entre eles uma linguagem em comum. Os Pacotes OAIS; são o; SIP, AIP e DIP:  o AIP é o pacote de informação para arquivamento, o DIP é o pacote de disseminação de informação e o SIP é o pacote de informação para submissão; esses pacotes de arquivamento complementam os sistemas de gestão de documentos correntes e intermediários.

O artigo nos trás um leque de informações para termos conhecimento dos repositórios arquivísticos digitais confiáveis, e como eles são uma necessidade, podendo ser empregados em diversas situações o RDC-Arq é uma porcentagem do futuro da arquivologia digital.

Ao longo do tempo, a forma como partilhamos informações mudou significativamente. Inspirados pelos desafios da NASA, surgiu a Revolução dos Repositórios Arquivísticos Digitais (RAD) nos anos 80. O Modelo de Preservação de Documentos Digitais (MPD) foi criado para garantir a integridade e durabilidade de documentos virtuais.

Para garantir a autenticidade e integridade das informações, é essencial controlar o ciclo de vida, a autenticidade e a preservação dos documentos, assegurando uma cadeia de custódia ininterrupta. O Ambiente de Armazenamento (AA) é responsável por manter os documentos em conservação perpétua.

O Pacote de Envio (SEP) é usado para enviar documentos para o repositório, enquanto o Pacote de Divulgação (DP) permite acesso e uso dos documentos na cadeia de custódia digital, com descrições e transparentes ativas.

A Resolução 324 estabelece a presença do RAD em tribunais, enquanto a Resolução 43 do CONARQ, baseada na norma ISO 16.363, garante a confiabilidade do RAD. Além disso, a norma ISO 16.919 oferece auditorias e certificação para repositórios digitais confiáveis.

Mudanças recentes no Brasil, envolvendo a migração de documentos em sacos plásticos, ressaltaram a importância do RAD para garantir a autenticidade e integridade das informações. Assim, é fundamental garantir a integridade e durabilidade dos documentos digitais, além de implementar políticas arquivísticas eficazes para preserve a confiança nas fontes de informação ao longo do tempo.

Entende-se por Documento Digital todo documento que é codificado em dígitos binários, acessível por meio de sistema computacional. Ainda que os documentos digitais possuam uma grande facilidade em relação à sua criação, acesso e compartilhamento, eles trazem consigo muitas vulnerabilidades, ligadas principalmente a sua rápida degradação física. obsolescência tecnológica, complexidade e alto custo relacionado à preservação

a longo prazo. Em um ambiente digital existe a necessidade de

analisar a garantia da cadeia de custódia ininterrupta. Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis são uma plataforma de preservação digital em um ambiente de gestão arquivística, possuem a finalidade de manter os

documentos arquivísticos digitais autênticos e acessíveis a longo prazo. A Resolução n.º 43 apresenta requisitos, em nível conceitual, que devem ser cumpridos no desenvolvimento de um repositório digital confiável. Tais requisitos são baseados na norma ISO 16363: 2012, Esta norma permite a certificação de confiança, em nível internacional, para repositórios digitais de organizações públicas ou privadas, e amplamente usada na Ciência da Informação. Os requisitos estão organizados em três conjuntos: infraestrutura organizacional; gerenciamento do documento digital; e tecnologia, infraestrutura técnica e segurança.

Com grande importância na Arquivologia, os Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis, também conhecido como RDC-Arq, tem sua história baseada na preservação digital, por motivos que na década de 80, houve uma tentativa de invalidação de documentos da NASA, com isso surgindo o OAIS: Open Archival Information System, que especifica os critérios nos quais a preservação digital devem se amparar.

O modelo OAIS, divide-se em SIP, que funciona como entrada dos documentos, o DIP é o pacote que vai para o acesso, entrega informações ao usuário e o AIP que funciona como isolador do ambiente de preservação. A ISO 16.363 estabelece auditar e certificar o RDC-Arq e a ISO 16.919 audita e certifica o auditor e quem certificou o RDC-Arq, com isso tendo ligação entre as duas;A resolução de nº 324 do ano de 2020 obriga que toda justiça brasileira e órgãos possuam RDC-Arq.

Entende-se por fim que a implantação do RDC-Arq é de grande importância para a garantia de não ter uma quebra de Cadeia de Custódia e com isso garantindo a segurança e autenticidade do conteúdo documental, por estarmos em grande aumento tecnológico, essa aplicação a cada dia fica mais necessária.

O texto referenciado aborda a trajetória de desenvolvimento e história dos RDC-arq no Brasil após a percepção da necessidade de obter uma solução informatizada e sobretudo confiável que pudesse preservar e tratar documentos digitais nos anos 2000.

Pouco citados no Brasil, Os RDC-arq são de extrema importância arquivística atuando no gerenciamento de documentos digitais usando o modelo OASIS como referencial que trará a possibilidade de criar pacotes de informações direcionados para: Acondicionar (pacote SIP) que faz o trabalho de receber os documentos digitais de forma segura, Admitir (pacote DIP ) que se responsabiliza pela custódia dos documentos e Disseminar (pacote AIP) que é responsável por dar acesso aos documentos digitais.

Vivendo em uma realidade cada dia mais automatizada e moderna é de extrema urgência a normalização e aplicação de RDC-arq’s em cada vez mais instituições gerando mais pesquisas na área e uma bagagem de conhecimento vasta e constantemente atualizada podendo inclusive ser aplicada com mais frequência em universidades.

A origem dos Repositórios Arquivisticos Digitais Confiáveis (RDCs) está ligada à necessidade de garantir a segurança e a autenticidade dos documentos digitais a longo prazo. E com o avanço tecnológico, as instituições custodiadoras conseguem garantir hardware e software eficientes para a conservação e preservação documental, de maneira que os documentos não sejam manipulados ou violados, causando dúvidas em relação a sua veracidade.

O modelo OAIS se desmembra em dois modelos: o modelo funcional e o modelo de informação. O modelo funcional delineia as funções que precisam ser desempenhadas por um repositório OAIS. Já o modelo de informação diz respeito ao conceito de pacote de informação, formado pela informação de conteúdo e pela informação de descrição de preservação, encapsuladas e identificadas pela informação de empacotamento.

Produtor – é o papel desempenhado por pessoas ou sistemas que fornecem a informação a ser preservada.

Administrador – é o papel desempenhado por aqueles que estabelecem as políticas gerais que governam o repositório.

Consumidor – é o papel desempenhado por pessoas ou sistemas que interagem com os serviços OAIS para acessar a informação preservada desejada.

ISO 16363: 2012, que é a norma que permite a certificação de confiança, em nível internacional, para repositórios digitais de organizações públicas ou privadas, e amplamente usada na Ciência da Informação.

O gerenciamento do documento digital deve estar de acordo com o modelo de referência OAIS, que estabelece a formação de pacotes de informação envolvendo os documentos digitais e seus metadados. (CONARQ, 2015). São três os tipos de pacotes de informação:

Pacote de informação para submissão (submission information package – SIP) – refere-se à admissão dos documentos digitais e seus metadados associados.

Pacote de informação para arquivamento (archival information package – AIP) – refere-se ao acondicionamento e armazenamento dos documentos digitais e seus metadados associados.

Pacote de informação para disseminação (dissemination information package – DIP) – refere-se ao acesso aos documentos digitais e seus metadados associados.

Pode-se definir um RDC-Arq como um Repositório Digital que é “capaz de atender aos procedimentos arquivísticos em suas diferentes fases e aos requisitos de um repositório digital confiável.” (CONARQ, 2015a, p. 10). Além disso, é muito importante entender que um RDC-Arq não é somente uma solução de software e hardware. Ele também contempla pessoas, políticas, normas, padrões, modelos, requisitos, e que sua gestão deve envolver pelo menos dois tipos de profissionais: arquivistas e profissionais da Tecnologia da Informação (TI).

Minha perspectiva mediante ao RDC-Arq, ao SIGAD é que eles são fundamentais para a confiabilidade dos documentos digitais e a preservação dos mesmos a longo prazo sem correr o risco de ausência de autenticidade

O artigo ressalta a importância do RDC-ARQ, que teve a sua origem para a preservação digital e a necessidade de ter um ambiente arquivístico seguro que armazenam e gerenciam documentos digitais em todo o seu ciclo de vida, seja nas fases corrente e intermediária ou permanente.

Sendo assim, a ISO 14721, nasceu na NASA nos anos 80, sendo o modelo OAIS de referência para a preservação digital do sistema, possuindo todos os requisitos, tendo os três tipos de pacote da informação, SIP - refere-se à admissão dos documentos digitais a seus metadados associados; AIP - refere-se ao acondicionamento e armazenamento dos documentos digitais e seus metadados associados. E DIP - refere-se ao acesso aos documentos digitais e seus metadados associados.

A norma ISO 16363, permite a certificação de confiança em ambientes públicos ou privados da ciência da informação, através da infraestrutura organizacional; gerenciamento do documento digital; e tecnologia infraestrutura e segurança.

Por fim, o RDC-arq é fundamental para que a instituição arquivística mantenha a linha de custódia ininterrupta entre as três idades documentais, garantindo a confiabilidade, e integridade dos documentos, principalmente nos dias atuais, com o avanço tecnológico.

O texto em foco oferece uma análise abrangente do Repositório Digital Confiável de Arquivos, ou RDC-Arq, e seu papel crítico na conservação de documentos digitais. Ele emerge como resposta à urgente necessidade de proporcionar um ambiente seguro e confiável para a preservação de documentos digitais, dado que os métodos tradicionais de conservação arquivística em formato físico não se aplicam diretamente ao mundo digital. Isso pode resultar na perda de autenticidade e na quebra da cadeia de custódia dos documentos, comprometendo sua validade.

O conceito de RDC-Arq baseia-se na Resolução nº 43 e na Norma ISO 14721, que estabeleceram o modelo conhecido como OAIS (Sistema Aberto de Informação Arquivística). Esse modelo compreende componentes de gestão e controle, arquivamento e preservação, além de garantir a disseminação segura dos documentos. Em vez de manter o documento original na rede da internet, ele é acondicionado em locais seguros dentro desses componentes, garantindo a integridade e prevenindo perdas e fraudes.

Adicionalmente, a Resolução nº 43 também introduziu a ISO 16363 e a ISO 16919. A primeira se destina à auditoria e certificação dos próprios RDC-Arq, enquanto a segunda aborda a auditoria e certificação das entidades responsáveis pela revisão e certificação dos RDC-Arq.

Depois de aprender o que é o RDC-Arq e seu surgimento, a Resolução e as normas relacionadas, torna-se patente a importância de sua implementação nas instituições para garantir a guarda segura e a confiabilidade dos documentos de arquivo. Os profissionais da arquivologia devem se envolver ativamente com esse modelo e aplicá-lo para aprimorar a gestão de documentos digitais, destacando, mais uma vez, a imperatividade de estudar o ambiente digital e suas particularidades."

No presente artigo, discute-se o impacto do surgimento da internet nos anos 90, que provocou uma expansão significativa dos suportes documentais, marcando uma onda de transição de muitos documentos em papel para formatos digitais, tendo essa transformação um profundo efeito na gestão de documentos.

Enfatiza-se a importância de abordar a preocupação relacionada à preservação do patrimônio arquivístico digital, destacando o papel essencial desempenhado pelos Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis (RDC-Arq). A Resolução n.º 43 do Conarq estabelece diretrizes baseadas na norma ISO 16363:2012 para esses repositórios, priorizando a autenticidade e a preservação de documentos arquivísticos digitais em todas as etapas.

Neste artigo, explorou-se também a adaptação dos arquivos para acomodar documentos digitais, destacando a importância crítica da preservação desses documentos. No entanto, essa preservação não se limita apenas a aspectos técnicos, envolve princípios fundamentais, como a cadeia de custódia e a cadeia de preservação, que são cruciais para garantir a autenticidade contínua dos documentos digitais.

Além disso, é importante entender que um RDC-Arq vai além de um simples software e hardware, incorporando aspectos organizacionais essenciais. Ele segue o modelo OAIS, compreendendo três tipos de pacotes de informação: SIP (submissão), AIP (arquivamento) e DIP (disseminação).

Este artigo apresenta três cenários distintos para a implementação de um Repositório Arquivístico Digital Confiável (RDC-Arq) em conjunto com um Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD). Esses cenários abordam diferentes aplicações do RDC-Arq nas fases corrente, intermediária e permanente dos documentos digitais. Ressaltamos, ainda, a importância vital de manter a cadeia de custódia digital arquivística para assegurar a autenticidade dos documentos ao longo de sua vida útil. A integração eficaz entre tecnologia e práticas arquivísticas é essencial nesse processo. Salientamos que as decisões devem ser embasadas em uma política de preservação digital do RDC-Arq e que múltiplas abordagens podem ser adotadas simultaneamente, considerando a diversidade dos documentos e das necessidades de preservação.

A partir dos 80, há uma preocupação em relação ao falseamento de informações, principalmente pela NASA. Nesse contexto, há necessidade de se pensar na preservação digital, criando-se o modelo OAIS, a partir da norma internacional 14.721. Os RDC’s surgem, na década de 1990, a partir da preocupação de preservar o patrimônio arquivístico digital, que corria o risco de desparecer e não ser confiável. Surge portanto, a Carta para a preservação do Patrimônio Digital da Organização das Nações Unida. A carta indicava a necessidade de os estados-membros, incluindo o Brasil, estabelecerem políticas e ações para preservar o patrimônio digital. No Brasil, pode-se citar a resolução nº43 (CONARQ, 2015ª), que altera a resolução do CONARQ nº39, de 29 de abril de 2014, estabelecendo diretrizes para a implementação de Repositórios Digitais Confiáveis. A resolução nº43 apresenta alguns requisitos baseados na ISSO 16363 : 2012 que certifica os repositórios digitais de organizações públicas e privadas. Estão organizados em: infraestrutura organizacional, gerenciamento do documento digital; tecnologia, infraestrutura técnica e segurança. Ocorreu ainda uma mudança na nomenclatura da resolução. O modelo OAIS estabelece a formação de pacotes de informação envolvendo os documentos digitais e seus metadados. São três os pacotes de informação: Pacote de informação para submissão, Pacote de informação para arquivamento, Pacote de informação para disseminação. Também identifica os componentes funcionais que deverão fazer parte de um sistema de informação dedicado à preservação digital. As três entidades do modelo OAIS são: Producer, onde está a gestão de documentos, que trata de arquivos correntes e intermediários; o arquivo OAIS; consumer. Nas fases corrente e intermediária, há os Sistemas informatizados de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD), que são definidos pelo e-Arq Brasil. Já na fase permanente é necessário o aparecimento do RDC Arq, ou seja, o Arquivo Permanente Digital. O RDC -Arq é configurado de modo a manter a cadeia de custódia dos arquivos digitais. Os pacotes OAIP são: SIP, que diz respeito ao produtor; o AIP, é o pacote de arquivo e DIP, o pacote de acesso ou difusão; O AIP isola o ambiente de preservação, e só o arquivista tem acesso ao RDC-ARQ e não há acesso à internet, de modo que não haja possibilidade de adulteração dos documentos, mantendo sua integridade e sua autenticidade. Isso só é possível mantendo a cadeia de custódia digital. Se houve ruptura da cadeia de custódia, a segurança jurídica e a autenticidade ficam afetados.

Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis (RDC-ARQ) são sistemas específicos criados para o armazenamento e gerenciamento dos documentos digitais tendo como foco principal a preservação. Os repositórios são estruturados para assim manter a integridade, autenticidade e acessibilidade dos documentos à longo prazo e também podem ser melhorados com o avanço da tecnologia.

A ISO 14721 é uma norma internacional que estabelece o Modelo OAIS (Sistema Aberto de Arquivamento de Informações). Essa norma fornece o direcionamento para a preservação digital e também é essencial para o entendimento dos RDCs e sua função na preservação de documentos digitais.

O Modelo OAIS é um framework conceitual reconhecido na área da preservação digital. Ele relata as funções e entidades envolvidas na área da preservação, incluindo a Gestão de Documentos, o Arquivo Permanente e as Plataformas de Acesso.

As ISO 16363 e 16919 são normas que complementam a ISO 14721, dando diretrizes detalhadas para a certificação de repositórios digitais confiáveis e o gerenciamento de metadados de preservação.

Os Pacotes OAIS são conjuntos de informações que representam os estágios de ingestão (SIP), preservação (AIP) e entrega (DIP) de documentos em um repositório digital confiável.

A Norma ISO 14.721, criada com colaboração da committe for space tinha como objetivo a criação de uma cadeia de custódia digital a longo prazo. Dessa necessidade surgiu os RDC’s, que por sua vez sintetizam uma cadeia de custódia confiável e apresentam métodos de preservação arquivísticas. A entrada nesses repositórios ocorre pelo pacote SIP, de responsabilidade do pacote AIP que mantém os dados fora da rede, assim protegidos, a difusão ocorrendo apenas pelo pacote DIP garante a saída transparente e segura na custódia digital além da transparência ativa.

Além disso, as novas ISO 16363 e ISO 16919, tem sequencialmente como objetivo, auditoria e certificação dos RDC’ e auditoria e certificação das entidades emissoras dos certificado.

Deste modo, apreendo que o desenvolvimento das ISOs e dos RDC’s contribuem para a confiabilidade e evolução da profissão de arquivistas, bem como a modernização da área em razão dos avanços tecnológicos.